II Seminário Paulista de autismo 2010

II Seminário Paulista de autismo 2010

26 fevereiro 2012

PAIS REIVINDICAM POLÍTICAS PÚBLICAS ESPECÍFICAS PARA AUTISTAS



A falta de políticas públicas para atender aos autistas na cidade de São Paulo foi o assunto de uma reunião realizada nesta sexta-feira na Câmara Municipal, organizada pela Associação Otimização Pró Autista (Assopra). Foi o primeiro de cinco encontros sobre o tema.
Para a presidente da Assopra, Heloísa Maria Leite de Souza, o atendimento aos autistas e suas famílias ainda é muito limitado. “Hoje eu vejo mães que estão vivendo o mesmo problema que eu vivi 30 anos atrás”, criticou. Embora ela reconheça que existem programas que contemplam autistas em diversas secretarias municipais, Heloísa afirma que faltam equipes multidisciplinares para que essas pessoas sejam atendidas em todas as fases da vida, em especial quando seus pais são idosos.
A dificuldade no diagnóstico do autismo é outra dificuldade que os pais enfrentam no atendimento dos filhos em equipamentos públicos. Segundo Heloísa, todo o processo chega a demorar três anos nas Unidades Básicas de Saúde. Outras mães reclamaram que, sem o atestado, seus filhos não podem receber benefícios como o Atende (transporte porta a porta gratuito destinado a deficientes com alto grau de dependência).
O assessor da Secretaria Municipal da Pessoa Com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Luiz Carlos Bósio, explicou que para haver maior agilidade, bem como novos programas voltados a autistas, é necessário que o Ministério da Saúde tenha um protocolo da doença, atualmente na fase de juntada de documentos. “Só então é possível elaborar protocolos de atenção na educação, saúde, assistência social e, o que é mais importante, previdência social”, disse.
Para a vereadora Sandra Tadeu (DEM), o município deve começar com políticas públicas independentemente das decisões em Brasília. “Infelizmente a lei aprovada em 2010 pela Câmara Municipal ainda não foi regulamentada por esbarrar no governo federal. Mas a cidade tem que fazer acontecer”, afirmou. Ela pretende se reunir com membros da Secretaria de Saúde para garantir atendimento diferenciado aos autistas nas unidades de saúde, e acompanhar o andamento do protocolo no Ministério “para trazer a essas famílias uma resposta”.
(24/2/2012 - 16h50)

 

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